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notas da pandemia

Nota 01: 

Se não paramos para pensar, a natureza nos obriga a isso. Poucos com muito e muitos com quase nada. O desequilíbrio sempre leva ao caos, ao colapso. Esta crise hoje deixa bem claro que não dá mais para os países ou as pessoas se isolarem em sua eficiência, protegendo apenas os seus. O mais sábio é pensarmos todos juntos, e colocar em primeiro lugar a vida. O inimigo invisível de séculos está mostrando que fica cada vez mais forte e, com a ajuda da tecnologia, dos trens e aviões, se espalha muito rapidamente. Como sempre, o mundo está nas mãos dos mais poderosos, e pedimos que sejam ponderados e sábios. Se depois de tudo isso continuarmos priorizando dinheiro e poder, teremos só um caminho: o desaparecimento. Isso pode demorar séculos, mas pode também acontecer amanhã. Todo dinheiro, poder, tecnologia, experiência, proteção e isolamento não evitaram que as famílias reais e líderes mundiais fossem atingidos. A saúde do outro é a minha saúde. A alegria do outro é a minha alegria. A vida do outro é a minha vida...


 

Nota 02:

Quando as notícias da pandemia começaram a inundar os noticiários e a nos informar diariamente o número de mortes causadas pela COVID-19, uma imagem não saía da minha cabeça: o mundo se esvaindo em dor e sangue.  Um dia, rapidamente, tive que materializar essa imagem e desenhei o mapa-mundi em 3 páginas de livros antigos. Fixei-os na parede com pregos e micro-ímãs e, com uma agulha, transpassei as folhas de papel com linhas vermelhas, deixando-as pender livremente. Comecei a colocar as linhas pelo Oriente, ponto do mapa onde se localiza a China, país onde tivemos a primeira notícia de contaminação. Fui seguindo em direção ao Ocidente: Leste europeu, Europa, África... até chegar nas Américas. A colocação de cada linha foi fotografada para criar um GIF, dando movimento ao trabalho e tornando-o fluído.

Notas da Pandemia II, desenho sobre páginas de livro antigo, linha, prego e ímã de neodímio. Fotografia Philippe Arruda / Gif Philippe Arruda, 40 x 70 cm, 2020.

Notas da Pandemia III, Desenho sobre páginas de livro antigo, linha, prego e ímã de neodímio. Fotografia Philippe Arruda / Gif Philippe Arruda, 16 x 70 cm, 2020.

mini bio

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Juliana Hoffmann

@juliananeveshoffmann

Natural de Concórdia/SC, reside e trabalha na capital catarinense. Formou-se em Engenharia Civil, abandonando essa carreira após breve atuação para se dedicar à arte. Ao longo de sua trajetória, realizou diversas mostras  individuais em espaços expositivos como Museu de Arte de Santa Catarina (1991 e 2004), Museu Histórico de Santa Catarina (2008) e Fundação Cultural BADESC (2017). Em 2015 ganhou o Premio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, com residência artística na Cité Internationale des Arts, em Paris. Os projetos coletivos incluem participações em salões de arte em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2017  e 2019 integrou a Bienal Internacional de Curitiba.  Tomou parte, ainda, em simpósios internacionais de arte, tais como “Paint-a-Future - França/2007, “No Boundaries”- EUA/2008, “Sianoja”- Espanha/2016 e  “Art Circle” - Eslovênia/2019.

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